Opinião: Pré-sal, Copa e Olimpíadas: o Brasil em outro patamar
Brasil tem no horizonte perspectivas extremamente positivas de investimentos em áreas como infraestrutura, indústria e serviços. O desenvolvimento das reservas de óleo e gás na camada pré-sal, a organização da Copa do Mundo em 2014 e agora também a dos Jogos Olímpicos em 2016 colocam definitivamente o País na rota dos negócios internacionais e consolidam a imagem de uma nação capaz de enfrentar desafios e entrar no grupo das economias mais desenvolvidas. Nas três ocasiões, depois das comemorações, cabe às autoridades públicas e aos agentes privados iniciar o planejamento das ações necessárias para transformar as oportunidades em negócios e investimentos concretos, em desenvolvimento econômico e social.Somente o pré-sal deve movimentar US$ 440 bilhões no longo prazo, no desenvolvimento de tecnologia, na ampliação da capacidade instalada da indústria, na construção de estaleiros e na formação de mão de obra. Os benefícios desses investimentos e negócios acabarão sendo distribuídos para toda a população brasileira em todos os estados.Já a organização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos exigirá também um volume significativo de recursos e capacidade de estruturar financiamento e garantias para esses empréstimos. Os investimentos vão resultar em novas instalações esportivas, infraestrutura de transporte e de telecomunicações, segurança no fornecimento de eletricidade, eficiência, qualidade e agilidade nos serviços de segurança, saúde e hotelaria e turismo.Na soma, o Brasil tem uma perspectiva concreta de atrair bilhões e bilhões em investimentos, gerar muitos negócios, empregos e renda. Para se ater apenas no exemplo mais recente, um estudo encomendado pelo governo federal buscou calcular os impactos econômicos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro a partir dos valores de investimentos previstos pela candidatura fluminense, de US$ 14,4 bilhões. Esses recursos podem render US$ 51,1 bilhões em movimentação econômica em diversos setores, 120 mil empregos diretos e indiretos anualmente durante a fase de preparativos e realização dos jogos e 130 mil empregos anuais no período posterior às Olimpíadas.Para organizar os dois mais importantes eventos esportivos do mundo, o Brasil tem de ter ambição e razoabilidade ao mesmo tempo, de forma que seja possível deixar atender às necessidades dos atletas e dos turistas no tempo adequado e com a qualidade exigida e deixar melhores serviços e infraestrutura à disposição da população brasileira após o término das competições. O planejamento para construir toda a infraestrutura precisa ser acompanhado de um modelo de gestão capaz de garantir que as instalações estejam prontas no prazo adequado, com os custos previstos e com os benefícios esperados, com responsabilidade nos momentos de dimensionar investimentos e equacionar financiamentos. Se seguir essas diretrizes, ganhar as competições será o desafio mais difícil.Paulo Godoy é presidente da Abdib
lunes, 19 de julio de 2010
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario